domingo, 27 de junho de 2010

A influência dos jogos eletrônicos nas crianças


Não importa se é dia ou noite, o tempo passa e eles nem percebem. A adrenalina é mais forte que o cansaço físico. “Só mais uma, só mais uma”, eles prometem a si próprios e assim imergem em um universo tridimensional onde quase tudo é possível. A diversão, por excelência, dos filhos do século XXI é mesmo o videogame. Os personagens imaginários invadiram as casas de meninos e meninas dotados de seus “plays”, para desgosto dos pais, e é difícil colocá-los para fora. Então, como não é possível vencê-los? Resta juntar-se a eles, ou melhor, tornar os games um aliado no crescimento dos filhos e não o vilão de uma geração.

Pesquisadores de diversas áreas se dedicam na atualidade a investigar os resultados da experiência de jogar videogame pela crianças. Ao lado de teses fatalistas e preconceituosas que colocam os games como um fator de emburrecimento, surgem visões bem mais otimistas sobre o tema. Em Fortaleza, a terapeuta ocupacional Marilene Munguba constatou que os pequenos aficionados pelos jogos desenvolvem habilidades de aprendizado interessantes.

Acompanhando o dia-a-dia de meninos e meninas de classes sociais diferentes nas locadoras de videogame – na época da pesquisa, 2000, as lan houses não eram tão populares – ela pôde perceber que a principal característica despertada pelo ato de jogar é a capacidade de aprender através da vivência com o jogo. Em vez de ler manuais ou instruções, os “game boys” aprendem as regras do jogo da melhor maneira, jogando. “Eles desenvolvem uma meta cognição, é o aprender, aprendendo. Se ele perde o jogo, ele já sabe como errou e, da próxima vez, não cometerá mais o mesmo erro”, observa a professora.

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